DO LAR: Mulher paraibana conquista mais espaços no mercado, mas ainda é a maior responsável pelo lar


A mulher paraibana tem investido cada vez mais nos próprios objetivos, se empenhando para conquistar o espaço que quer na sociedade. Maioria no estado, o público feminino é conectado, possui formação educacional e também vive quase oito anos mais que os homens, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas as mulheres ainda ocupam boa parte de seu tempo com os afazeres do lar (cerca de 3,3 horas por dia a mais do que homens) e também sofrem mais com a violência doméstica.


As estatísticas do IBGE mostram aquilo que as mulheres vivenciam no dia a dia e, neste dia dedicado à reflexão sobre a conquista feminina, debater esses temas é fortalecer a luta pela equidade de gênero. Luta que começa desde cedo, ainda no acesso à educação, e passa pelo direito de tecer o próprio futuro. Casar, ter filhos, ter uma profissão, ou fazer tudo isso, o importante é o direito de escolha, o que nem sempre acontece.


Na Paraíba, a taxa de desocupação é mais intensa junto às mulheres, com 15,5% contra 10,3% entre os homens. Dentro do grupo feminino, esse indicador é mais forte entre a parcela preta ou parda (15,9%), do que entre a branca (14,4%), expondo os desafios dentro do próprio grupo.


Liderança no mercado de trabalho


O estudo do IBGE ainda verificou que, das cerca de 36 mil pessoas que ocupavam cargos gerenciais no estado, apenas 37,6% eram mulheres. O percentual foi similar à média brasileira (37,4%), mas ficou abaixo da nordestina (40,9%) e mostra que ainda há muito o que avançar.


Representação política


As paraibanas também estão representadas na política, mesmo que essa participação ainda esteja aquém da dos homens. Segundo as estatísticas do IBGE, em 2018 a Paraíba teve 159 candidatos para a Câmara dos Deputados. Desses, porém, somente 52, cerca de 32,7%, eram mulheres. Entre essas, aproximadamente 31,4% tiveram receita de candidatura de menos de R$ 100 mil; 30,8% tiveram de R$ 100 mil a menos de R$ 1 milhão e 20% de mais de R$ 1 milhão. E, em 2020, só uma mulher estava em exercício do cargo, entre as 12 cadeiras paraibanas.


Já em relação às Câmaras de Vereadores do estado, do total de 2.198 posições, mulheres foram eleitas como parlamentares apenas para 349, o que aponta para uma proporção de 15,9%, aproximada da média do país (16%), no entanto levemente inferior à da região (16,7%). Também só há uma senadora. O retrato desse cenário mostra que ainda há muito a evoluir em representatividade das paraibanas.



Mulheres na Educação


Mas se tem uma área na qual as mulheres dominam é a Educação. A pesquisa do IBGE indica que as mulheres eram, em 2019, maioria entre os docentes de ensino superior no estado, representando cerca de 50,4%, a segunda maior proporção do país, igual à do Mato Grosso. Ou seja, dos 10.047 servidores dessa categoria, afastados e em exercício, distribuídos em diferentes instituições de educação, 5.060 eram mulheres.


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