VACINA CONTRA HPV: Preventivo Sim, Curativo Jamais!

Quando mencionamos medicina preventiva, o susto é evidente! Em um país no qual a medicina curativa é presente e constante, a população parece não acreditar na possibilidade de prevenir doenças, apenas remediá-las.

A descrença tem razão de ser. Hospitais sem condições de trabalho, precarizadas em sua estrutura. O Estado, parece não conseguir dar conta da imensa demanda que a saúde abarca, ou simplesmente há outras prioridades, uma delas é a copa do mundo que será sediada no país, permitindo que o seu povo esteja à mercê da ignorância, por falta de acesso à educação, da descrença por falta de esperança em melhorias e da morte pela ausência de uma saúde pública de qualidade e realmente humanitária.

O acesso a vacinas contra DST’s é praticamente inexistente, isso quando disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sabe-se que no Brasil o número de mulheres com casos de câncer de colo do útero ultrapassa a margem de 70%, retrato da violência moral entregue pela saúde pública que trabalha com uma medicina no qual curar é mais importante que previnir.

O HPV (Human Papiloma Vírus, ou papilomavírus humano), ocorre preferencialmente por contato sexual, é um vírus capaz de causar lesões na pele e na mucosa além de constar como a segunda maior causa de mortes em mulheres do mundo.

A iniciação sexual bem como uma vida sexual ativa, será presença constante para jovens e adolescentes que estão dentro da faixa etária de 11 a 13 anos que começaram a receber a vacina. A previsão é de que em 2015, meninas de 9 a 11 anos de idade sejam alvo para a vacina, como forma de prevenção a problemas futuros.

Recentemente, a vacina contra o HPV, foi alvo de polêmica. Sabemos que o Brasil é conhecido e reconhecido por sua beleza e pela sensualidade que emana de seu povo, porém, há uma enorme contradição quando o país do carnaval, fala sobre questões relacionadas à sexualidade. 

O Conservadorismo que insiste em permanecer na população, infelizmente atrapalha um trabalho que poderia ocorrer com primazia. Independentemente de questões religiosas, culturais, entender a importância da prevenção contra DST, é fundamental para prevenir doenças que possam estar presentes em um futuro não muito distante de nossos jovens.

Luisa Lina Villa, diretora do Instituto Ludwing de Pesquisa sobre o Câncer, em SP, afirma:“ Muitas vezes a penetração não se efetiva entre jovens, mas há toques. Por isso, as famílias devem refletir sobre a importância de vacinar seus filhos, sem preconceitos. E o melhor é que a prevenção aconteça o quanto antes".

Portanto, compreender que em algum momento haverá vida sexual, é o ponto principal para incentivarmos nossos jovens a se vacinar. Imaginar, por algum momento que prevenção se assemelha a promiscuidade seria ignorância, é voltar no tempo e trazer à tona a ideologia de uma época no qual o conhecimento e informação eram reduzidos, como na Revolta da Vacina, porém, a juventude não permanece na idade, mas em como conceituamos a vida, o que não podemos esquecer é de que juventude esclarecida é juventude prevenida.

















*Amanda Cristina Souza é estudante de Serviço Social da UFPB, estagiária no NCDH/UFPB e Poeta nas horas vagas.


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