Governo promove seminário sobre violência sexual contra a mulher

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Ses), em parceria com a Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana, realizou nesta quarta-feira (13), o seminário Violência Sexual contra a Mulher – Um olhar da saúde. O evento, que começou às 9h, no auditório do Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor-PB), contou com a participação de representantes dos serviços de referência para atendimento integral às mulheres vítimas de violência (Creas, gerentes regionais de saúde, secretarias municipais de saúde e gestores de políticas para mulheres), gestores de universidades, além da população.

“Os profissionais que reunimos hoje neste encontro, muitas vezes, só têm a oportunidade de se falar por telefone. Com este contato próximo, temos a chance de fortalecer vínculos entre as pessoas através da troca de experiências. É o momento, consequentemente, de nos reconhecermos como serviço, como rede de saúde e, claro, de fortalecer a rede de atendimento”, comentou a coordenadora do Núcleo de Promoção à Saúde da Ses, Adélia de Moura Gomes.

A violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, atinge as mulheres independente de idade, cor, etnia, religião, orientação sexual ou condição social. “Se manifesta de várias formas, uma delas diz respeito à violência sexual, presente cotidianamente na vida das mulheres. Só em 2014, foram registrados 47.643 casos de estupros em todo o Brasil”, informou Adélia.

Durante o seminário, foi discutida a importância de uma rede intersetorial. “O combate à violência contra a mulher requer um trabalho em conjunto, unindo profissionais de diversas áreas e com a participação ativa da população. Pensando, todos juntos, em como superar as dificuldades e estabelecendo estratégias eficazes, daremos uma resposta satisfatória para a sociedade”, disse a coordenadora do Programa de Assistência às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (PAMVVS) da Maternidade Frei Damião, Lúcia Lira.

Cultura do estupro – Durante o encontro, entrou em debate a chamada cultura do estupro.

“Ainda existe a crença de que a culpa é sempre da vítima: roupas curtas, excesso de bebida, comportamento inadequado. Isso não existe! A vítima nunca será culpada, independente de sua condição. Infelizmente, é uma característica cultural. O homem é ensinado a atacar mulheres sem permissão e acha que é algo aceitável e natural. Coisificar a mulher como um objeto de prazer não é normal e precisamos lutar contra isso”, alertou a representante da Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Kaliandra Andrade. No Brasil, dados apontam que acontece um estupro a cada 11 minutos.

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