Benjamin afirma que polícia precisa investigar negligência do poder público e explicar fatos

O deputado federal Benjamin Maranhão (SD) parabenizou a Polícia Civil pela agilidade na apuração do assassinato do microempresário de Araruna, Jonathan do Vale Ribeiro, dentro do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, no último sábado (9). “Eles apontam como suspeitos dois internos, mas é bom lembrar que a apuração do crime não se encerra aí. Estamos falando de pessoas com problemas psiquiátricos que estavam sobre a tutela do Estado, então, precisamos apurar responsabilidades. Também existem questionamentos da família que merecem resposta e que não foram explicados com essa investigação (lista logo abaixo)”, afirmou.

De acordo com Benjamin, é preciso verificar se o hospital tem estrutura para receber essas pessoas, que tipo de tratamento está sendo oferecido e se a quantidade de servidores é suficiente. “Temos câmeras de segurança? Como é feito esse monitoramento? Foi aberta uma sindicância interna? Precisamos apurar a negligência do poder público neste caso e punir os culpados”, reforçou.

Benjamin lembra que a unidade tentou encobrir o assassinato. Removeu o corpo e ainda apontou que a morte foi por causa natural. Ao ver hematomas e sinais de sufocamento, a família foi até a delegacia e só assim foi realizada a necropsia. O laudo preliminar apontou afundamento de face, hematomas pelo corpo e sinais de estrangulamento.

O deputado usou a tribuna na Câmara nesta semana para falar do caso. Ele solicitou ainda que o Conselho Regional de Medicina, a Comissão de Direitos Humanos da Casa e também o Ministério Público acompanhe o caso, bem como, para que o Governo do Estado investigue e puna os culpados.

Jonathan tinha 24 anos e enfrentava um quadro de depressão que se agravou para um surto. Temendo que ele acabasse com a sua vida ou de outras pessoas, a família o levou para o Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira no último dia 5 de dezembro. “O paciente foi entregue pela família, que tinha certeza de que, por se tratar de um hospital público do Estado, daria a ele um tratamento digno, mas cinco dias depois o corpo de Jonathan apareceu inerte, jogado em uma enfermaria”, relatou.


Questionamentos da família: 
1- Por que o serviço social informou nos dois primeiros dias que Jonathan estava bem, alimentando-se, tomando medicação e no terceiro e quarto dias retificaram as informações e disseram que ele não apresentou melhoras e teve que ser contido em local isolado?

2- Por que o serviço social não avisou os familiares que houve um desentendimento entre Jonathan e outros internos ou funcionários, inclusive que teria levado socos?

3 - Mesmo Jonathan estando alterado e sendo indicado a contenção por que ele estava numa enfermaria com outros internos?

4- Por que não houve uma atenção especial por parte da vigilância e enfermeiros, já que eles estava alterado?

5- Por que Jonathan veio a óbito, segundo o hospital, às 6:15h, mas o plantão não informou, esperou o outro plantão as 7:15h para informar aos familiares?

6- Por que o médico de plantão deu a causa morte como ignorada se no laudo foi constatado asfixia mecânica através de estrangulamento, além do corpo apresentar hematomas no corpo e deformidades craniano?

7- Por que há indícios de homicídios ou suicídio, mas o hospital tratou o fato como possível morte natural e não chamou a polícia e alterou a cena do crime?

8-Por que o hospital pediu para os familiares trazerem o carro funerário para tirarem o corpo do hospital e levarem para o Serviço de Verificação de Óbito?


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