Três meses após fim de racionamento, cidade na PB segue sem acesso à água encanada

A transposição das águas do Rio São Francisco levou ao fim do racionamento de água nas cidades abastecidas pelo açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Cariri paraibano. A medida completa três meses neste sábado (25). Apesar da Companhia de Águas e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa) garantir que as 19 cidades abastecidas voltariam a ter água, os quase 4 mil moradores de Olivedos continuam sem acesso regularmente à água encanada. A Cagepa alega manutenções.
Na cidade do Seridó paraibano a água raramente chega durante a semana e não há dia ou hora certa. Os moradores da cidade passam dia e noite vigiando as torneiras para aproveitar o momento em que a água chega, para reservar o máximo que podem e garantir abastecimento por mais uns dias.
“Aqui em casa tá chegando uma vez por semana e no meio da madrugada. A gente fica vigiando pra quando chegar, aproveitar. Quando chega a água a gente já sai avisando aos vizinhos e ligando para amigos e parentes pra informar, porque, na maioria das vezes só tem água por uns 30 minutos e depois falta de novo”, disse o agente de saúde Suélio Messias, morador da cidade.
Suélio mora com a esposa e um filho de 4 anos. Por causa da incerteza no abastecimento, a rotina precisa ser bem controlada. “Essa água a gente usa pra cozinhar, tomar banho, fazer o essencial. Lavar roupa, só se conseguir juntar mais água. Essa semana eu só consegui juntar 200 litros de água e a roupa suja tá acumulada”, disse ele.
Em Olivedos, a situação de abastecimento é mais complicada para as pessoas que moram afastadas da área central, ou em locais mais elevados, passando até mais de uma semana sem receber água.
De acordo com o gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes, a dificuldade de abastecimento em Olivedos está ocorrendo por causa de problemas no sistema adutor que leva a água até a cidade. “Olivedos faz parte do sistema adutor do Cariri. A água sai de Boqueirão, é tratada em Monteiro e vai para Olivedos, passando também por outras cidades e estações elevatórias. Percebemos uma redução na vazão que chega a Olivedos e estamos tentando identificar”, disse o gerente.

Ainda de acordo com a Cagepa, já foram iniciadas manutenções e a previsão é de que o abastecimento seja normalizado até o fim deste mês de novembro. “Já identificamos rompimentos. Não sabemos a causa exata, pois ainda estão revisando ventosas. São 38 ventosas no caminho. Também estamos investigando se há desvios”, disse Ronaldo Menezes.

Alagoa Nova

Outras cidades também enfrentam problemas pontuais. Em Alagoa Nova, por exemplo, faltou água em alguns dias no mês de novembro por causa de problemas na adutora. Porém, os moradores foram informados dos dias em que faltaria água. “Quando falta é por causa de cano estourado”, explicou Jefferson Barbosa, moradores de Alagoa Nova.
Sobre o caso de Alagoa Nova, Ronaldo Menezes explicou que a adutora que leva água para a cidade passa pela zona dois do sistema de abastecimento de Campina Grande e que este precisou de manutenções nas últimas semanas. Porém, garantiu que os problemas apresentados já foram resolvidos.
Com o fim do racionamento de água, a Cagepa havia garantido regularidade de abastecimento para a população dos municípios de Campina Grande, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Pocinhos, Queimadas, Barra de Santana, Caturité, Boqueirão, Boa Vista, Soledade, Cabaceiras, Juazeirinho, Cubati, Pedra Lavrada, Olivedos, São Vicente do Seridó, além dos distritos de Seridó, Galante e São José.






G1
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