No Dia Mundial do Diabetes, ação da Saúde alerta sobre a importância da prevenção

O aposentado Luiz Carlos Barros, de 73 anos, fez o teste de glicemia e o resultado deu 551, quando o normal é abaixo de 100. Assim como ocorre com boa parte das pessoas que têm a doença, ele não sabia que tem diabetes. “Nunca fiz este exame e só estou aqui hoje porque é perto da minha casa”, falou o aposentado se referindo a ação que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, nesta terça-feira pela manhã (14), no Espaço Cultural. Diante da gravidade, ele foi encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e orientado a procurar uma Unidade de Saúde da Família, para o tratamento.

Além do teste de glicemia, ainda foram ofertados os serviços de verificação de pressão arterial; avaliação e orientação nutricional; tipagem sanguínea; orientações\diabetes e distribuição de material educativo. A ação foi realizada em parceria com a Faculdade Maurício de Nassau,  Sociedade Brasileira de Cardiologia – Paraíba, Ligas Acadêmicas de Cardiologia e a Funesc. “É uma oportunidade de devolver para a comunidade o conhecimento adquirido na faculdade”, disse o professor e coordenador do curso de Biomedicina, Rayner Nascimento.

Outra pessoa que chamou a atenção dos trabalhadores de saúde foi o servidor da SES, Elias da Cunha, de 55 anos. Ele foi de bicicleta do Costa e Silva, bairro onde mora, até o Espaço Cultural, em Tambauzinho. Algo rotineiro na vida dele. Mesmo assim, os exames deram um pouco alterados. A pressão arterial deu 12 x 9 e a glicemia 108, mesmo estando em jejum por mais de 12 horas. “Não comi nada porque, logo cedo, fiz exames num laboratório e vim direto pra cá”, falou.

Quanto à pressão de seu Elias, o cardiologista da SES, Fábio Medeiros, disse que deu normal diante do grande esforço físico que fez. “Antes de verificar a pressão, a pessoa deve estar relaxada por, pelo menos, 20 minutos. Quanto à glicemia, pela regra, ele está pré-diabético. Nestes casos, é importante que o teste seja repetido”, observou o médico. Conversando com seu Elias, o médico percebeu que, apesar de fazer atividade física, a alimentação não é tão saudável, já que come muita massa, o que deve ser evitado.

Dr. Fábio fez uma alerta quanto às atividades físicas. Elas devem acontecer, no mínimo, três vezes por semana. Caso contrário, é mais um risco para a saúde. “Peladeiro de final de semana, por exemplo, corre mais risco de enfartar do que quem não faz atividade de jeito nenhum”, orientou.

Segundo ele, hipertensão e diabetes são doenças que caminham juntas. “Uma das maiores causas de hemodiálise é a mistura dos dois agravos. São também dois fatores de risco para doenças cardiovasculares (enfarto e AVC) e é bom deixar claro que, quando o paciente é diabético, ele já é de alto risco para doenças cardiovasculares”, esclareceu.

As complicações do diabetes ainda podem levar à cegueira e neuropatia - dormência nos membros inferiores, principalmente nos pés, dando origem ao “pé diabético”,  em cuja doença a pessoa não sente dor e, por isso, corre o risco de se machucar seriamente ao pisar em prego, vidro, algo quente, ou usar um sapato incômodo. Tudo isso pode provocar úlcera e, consequentemente, amputação de dedos, pés, etc. Para evitar que tudo isso ocorra, o ideal é que o paciente use sapato confortável, não ande descalço e observe os pés, diariamente.

Estimativa - O Ministério da Saúde estima que na Paraíba 5,3% da população é diabética, ou seja, 211.968 paraibanos. Na capital, a estimativa é de 4,7% da população, composta por 38.145 pessoenses.

A estimativa da população da Paraíba, em 2017, é de 3.999.415 moradores e a de João Pessoa, em 2016, é de 811.598.  

Óbitos por Diabetes na Paraíba entre 2015 e 2017:

2015 - 308
2016 - 320
2017 - 260 (de janeiro a outubro)

Óbitos por Diabetes em João Pessoa entre 2015 e 2017:

 2015 - 21
2016 - 19
2017 - 26 (de janeiro a outubro).

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