Escola cidadã integral ensina cultivo de horta orgânica e tenta mudar hábitos em unidades socioeducativas

“Come que é gostoso, usa que é bom” é a disciplina eletiva que os professores da Escola Cidadã Integral de unidades socioeducativas de João Pessoa ensinam para jovens privados de liberdade. No Centro Educacional do Adolescente (CEA/JP) (internação provisória), os professores Danielson Soares de Lima e Thais Rodrigues estão ensinando e estimulando a importância da alimentação saudável e incentivando o cultivo de hortas orgânicas. alface, rúcula, tomates, coentro são algumas das hortaliças já colhidas no CEA e no Centro Socioeducativo Rita Gadelha (unidade feminina).

A coordenadora pedagógica do CEA/JP, Ângela Maria Ferreira, informou que os alunos ‘colocaram a mão na massa’ e os resultados são positivos. Segundo ela, os professores estão muito empenhados em orientar os estudantes para que aprendam a cultivar seu próprio alimento e compreendam a importância de uma alimentação saudável, juntando teoria e prática.

Ela informou que a horta no CEA/JP foi iniciada em agosto deste ano e optaram por plantar coentro e alface por serem hortaliças de germinação rápida, cujo processo dá tempo dos socioeducandos da internação provisória vivenciarem boa parte: preparação do solo, plantação, germinação e colheita.

Segundo o professor Danielson, a horta escolar surgiu com a preocupação da educação alimentar. “Nesta perspectiva, plantar e cultivar os alimentos sem uso de agrotóxicos para os socioeducandos faz parte desse processo educacional da alimentação que está também no consumo de alimentos agroecológicos”, comentou.

A ideia central, segundo o professor, é que “esses alimentos possam ser produzidos pelos socioeducandos em suas casas, sem custo exagerado e até mesmo com pouco espaço, uma vez que o processo educacional do socioeducando é pensado para o pós-internação e sua vida em seu lar”, informou.

Unidade feminina - No Centro Socioeducativo Rita Gadelha, a professora de Ciências, Wildescleide Felix Augusto, que é a responsável pela horta orgânica, informou que, por meio do projeto “Plantando Vidas”, está envolvendo as internas com a proposta da alimentação saudável, orgânica e sem agrotóxicos. “Elas plantaram duas espécies de alface, coentro, tomate e, ultimamente, sementes de girassol”, informou.

A horta nas unidades tem envolvido não só os internos, como familiares desses jovens e adolescentes,  professores, agentes socioeducativos, diretoria, funcionários das respectivas unidades da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente ‘Alice Almeida” (Fundac).
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