Concerto da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba tem regência de maestro pernambucano

Composições de Jean Sibelius, Edvard Grieg e Marcelo Vilor integram o programa do 6º Concerto Oficial da Temporada 2017 da Orquestra Sinfônica Jovem na Paraíba nesta quinta-feira (26), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. A regência será do maestro pernambucano Nilson Galvão, atual diretor artístico musical do projeto social Orquestra Criança Cidadã, sediado no Recife (PE), e integrante do Quinteto da Paraíba.
O concerto tem entrada gratuita e contará com a participação, como solista, do também pernambucano Emanoel de Barros, atual trompetista da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba e Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa, Bigband Rubacão Jazz e do Sexteto Tabajara de Metais e Percussão. Um dos destaques dessa apresentação da OSJPB será a estreia mundial de uma música de Marcelo Vilor, um dos mais destacados músicos paraibanos, nascido em João Pessoa, que tem atuado como saxofonista, compositor e arranjador desde os anos 1980.
Os jovens instrumentistas iniciam a apresentação com “Varsang, Op. 16 (Canção da Primavera)”, do finlandês Jean Sibelius (1865-1957), um dos mais populares compositores do fim do século XIX e início do XX. Em seguida, a orquestra vai executar “Danças Norueguesas, Op. 35 (allegro moderato, allegro tranquilo e grazioso, allegro moderato ala marcia e allegro molto)”, composição do norueguês Edvard Grieg (1843-1907), que está entre os mais célebres do período romântico e do mundo.  
Logo após, será a vez da música brasileira, com a “Suíte para Trompete e Orquestra”, de Marcelo Vilor (1965), que será executada pela primeira vez e terá o trompetista Emanoel Barros como solista. A suíte é dividida em Introdução, Valsa, O Arrebol, O Cego Cantando na Feira, Coco de Roda, Baião Urbano e Marcha Rancho.
Essa será a primeira vez que o maestro Nilson Galvão vai reger uma orquestra da Paraíba. “A expectativa é ótima, é uma oportunidade excelente. A gente que trilha essa carreira de regência fica sempre muito agradecido por ser convidado para reger uma outra orquestra, de outro estado. Vai ter uma grande repercussão na minha carreira, eu que tenho 36 anos, muito jovem ainda na regência. E o contato com os músicos tem sido muito bom. Como sou violoncelista, conheço bastante as cordas e a gente está trabalhando a sonoridade das cordas”.
Na opinião do maestro, o programa certamente será bem recebido pelo público. “O Varsang é uma obra de Jean Sibelius, compositor finlandês, e significa o início da primavera, a chegada da primavera. É como se fosse um poema sinfônico, é muito visual, fala muito da natureza. Os compositores nórdicos prezam muito a natureza. Os invernos são muito rigorosos, o verão também é muito bonito e acredito que as transições sejam coisas bem bonitas. Essa obra fala um pouco do anseio dos finlandeses com a chegada da primavera. A peça é pautada exatamente na questão sonora do grupo, composta basicamente por corais, que acontecem dentro da obra, corais esses feitos pelos instrumentos, obviamente. E tanto o clímax como o final são bem apoteóticos, com uma sonoridade bem intensa, representando o anseio do povo, que é correspondido pela mãe natureza”, observa o maestro.
“A segunda obra, do compositor norueguês Edvard Grieg, tem um caráter mais folclórico, no intuito de falar um pouco das músicas desse país, da região. Grieg é um compositor romântico, participou do movimento nacionalista, então grande parte de sua obra fala um pouco das canções folclóricas, que aparecem bem, principalmente no segundo e no quarto movimento.  O primeiro movimento é muito enérgico, muito rítmico. O segundo é um pouco mais lento e o terceiro é bem marcado, porque é uma marcha, muito cômica, inclusive”.
Nilson Galvão destaca a música que vai encerrar o concerto, de autoria do paraibano Marcelo Vilor. “Vai ser uma estreia. Marcelo Vilor é conhecido no estado por compor peças que remetem a nossa cultura, os nossos ritmos, mas também com melodias e temas muitos bonitos. Ele tem uma sensibilidade muito grande na questão do afeto, daquilo do que a música passa para quem ouve”, finaliza.
Regente
Nilson Galvão é natural de Recife/PE. Filho de músicos, aos seis anos iniciou sua educação musical. Em 1988 iniciou os estudos de música no Conservatório Pernambucano de Música e também de violoncelo. Em 1997 ingressou no curso de bacharelado em música da UFPB. É bacharel e mestre em violoncelo pela universidade de Campbellsville-EUA. Também ganhou prêmios no Brasil e no exterior. Em 2007 concluiu também mestrado em direção de orquestra pela Universidade de Louisville-EUA, e é doutorando em regência orquestral pela Universidade Northwestern.
Como regente atuou principalmente como regente assistente do maestro Jorge Mester junto a orquestra sinfônica de Louisville, tendo a responsabilidade de dirigir concertos didáticos e familiares. Academicamente atua ensinando música nas áreas de filosofia e psicologia, e tem como especialidade tratar do caráter semântico da música. Recentemente iniciou estudos, junto a secretaria de patrimônio e cultura, da música nas manifestações culturais de Pernambuco e em 2012 participou pela primeira vez, como jurado, dos desfiles das agremiações do Recife.
Em 2013 ingressou no renomado grupo instrumental paraibano Quinteto da Paraíba, onde desenvolve trabalho como violoncelista do grupo. No ano de 2014 assumiu a direção artística/musical do projeto social Orquestra Criança Cidadã sediado na cidade do Recife.
Solista
O trompetista Emanoel Barros nasceu em Condado/PE. Iniciou seus estudos com seu pai Fernando Lima, por volta dos 5 anos de idade. Mais tarde ingressou na Filarmônica 28 de Junho e estudou trompete no Centro Profissionalizante de Criatividade Musical do Recife até ingressar no curso de Licenciatura em Música da UFPB.  Como trompetista, participou do Projeto Encontros Pernambucanos com Geraldo Azevedo e Isaar, na cidade do Rio de Janeiro; Balaio Nordeste Rumo a França, com Jorge de Altinho, Genival Lacerda, Maratman Costa, Cezzinha, Santana “o Cantador”, Chico César, Waldonys entre outros.
Atualmente é trompetista da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba e Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa, Bigband Rubacão Jazz, e do Sexteto Tabajara de Metais e Percussão; além de já ter participado e/ou sido convidado a tocar na OSPB, OSUFPB, OSUFPB Pop, Metalúrgica Filipéia, Orquestra Toque de Vida e entre outros grupos. É arranjador residente da Banda Sinfônica José Siqueira, da qual também já foi convidado a reger. Foi o arranjador do CD de Frevos “No Passo Rasgado” com Orquestra de Frevos 28 de Junho e teve seu frevo “É de Torar o Chinelo” classificado na final do II Prêmio de Composição para Banda Moacir Santos, promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música.
No I Festival Douradense de Música, promovido pela Universidade Federal da Grande Dourados (Dourados-MS) em outubro de 2014, foi convidado a ministrar aulas de trompete e de prática do frevo para bigbands. Foi professor de trompete no II Festival de Música de Santa Rita-PB, promovido pelo Prima, e da Escola de Música Toque de Vida. Emanoel é ainda professor de trompete na Filarmônica 28 de Junho e Escola de Música Roberto Ângelo.
Próximos concertos
Neste ano, a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba fará mais dois concertos: nos dias 23 de novembro e 7 de dezembro, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira. Já a Orquestra Sinfônica da Paraíba terá apresentações nos dias 16 e 30 de novembro, na Sala de Concertos, e no dia 19 de dezembro fará o Concerto de Natal no Ponto de Cem Réis, no Centro de João Pessoa.

Serviço:
6º Concerto Oficial da Temporada 2017 da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba
Regente: Nilson Galvão
Solista: Emanoel Barros (trompete)
Dia: 26/10/2017 (quinta-feira)
Hora: 20h30
Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural
Ingresso: Gratuito
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