Pioneirismo feminino também tem história na Paraíba.

A procuradora-geral da República nomeada, Raquel Dodge, será a primeira mulher a comandar o Ministério Público Federal (MPF), a partir de segunda-feira (18). A Paraíba também tem exemplos de mulheres que foram pioneiras e abriram espaços importantes em cargos que, até bem pouco tempo, eram exclusivos dos homens. Para essas paraibanas, a ascensão de Dodge é motivo de orgulho.

A procuradora aposentada Maria do Socorro Diniz, primeira mulher a comandar o Ministério Público da Paraíba (MPPB), disse acreditar que a nova procuradora-geral da República seguir não terá problemas para seguir com desenvoltura sua missão, mesmo no momento delicado em que vai assumir o cargo, tendo o ato do seu antecessor, Rodrigo Janot, sendo colocado em dúvida.

“Para exercer com êxito a nova missão ela deve seguir na mesma luta e linha que vinha seguindo, com imparcialidade e seguindo os ditames legais. Não poderá se vestir da vaidade do cargo, do poder para praticar atos para beneficiar A ou B. Em minha opinião, Janot praticou atos que estavam previstos em Lei. E a legitimidade desses atos foram atestados pelo próprio STF, que não acolheu os pedidos que foram formulados contra ele. Assim como Janot, Dodge deve rezar pela cartilha da Lei e se despir de qualquer vaidades”, opinou Diniz.

A desembargadora Ana Maria Madruga, primeira mulher a presidir o Tribunal Regional do Trabalho na Paraíba (TRT-PB), no biênio 2003/2004, também enalteceu a chegada de Raquel Dodge ao comando do MPF. Segundo ele, a atuação do órgão, nos últimos anos, tem se mostrado decisiva e incansável na luta contra o monstruoso esquema de corrupção que devasta e assombra o País.

“O tempero da sensibilidade e maleabilidade femininos certamente farão um diferencial e contribuirão para resultados cada vez melhores. Temos o exemplo da ministra Cármen Lúcia, conduzindo a nossa mais alta Corte com mãos firmes e atitudes corajosas, em contrate com sua aparente fragilidade física. Lamentavelmente, as sucessivas notícias das mais diversas formas de corrupção escancarada, tal qual vírus maléfico que se alastra sem freios, deixa-nos o vazio de uma grande decepção, a sensação de um País com um futuro nebuloso. Mas, acima de tudo, é preciso manter a esperança, acreditar sempre na capacidade e força de recuperação do povo brasileiro”, afirmou.

Outras paraibanas também são pioneiras no comando de órgãos na esfera do Judiciário paraibano. A exemplo da desembargadora Fátima Bezerra, primeira mulher a presidir do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a defensora Fátima Lopes (morta em um acidente em 2010), que assumiu o comando da Defensoria do Estado em 2009; e a desembargadora Maria das Graças Morais,  presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), primeira mulher a assumir o Comando da Corte Eleitoral no Estado.

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