Governo faz estudo sobre potencial pedoclimático do solo no canal das vertentes litorâneas



O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, está realizando junto à Embrapa Solos (Recife-PE) um estudo sobre o potencial pedoclimático do solo no canal das vertentes litorâneas para avaliar o clima e o solo e identificar quais áreas poderão ser agricultáveis e as que servirão para preservação da natureza. Os resultados desse estudo vão beneficiar 33 municípios ao longo do canal das vertentes litorâneas.

Os desafios e resultados estão sendo discutidos em palestras e seminários, dentro da programação da Expofeira Paraíba Agronegócios, que acontece no Centro de Exposições Henrique Vieira de Melo, em João Pessoa, no estande do “Zon Paraiba”, no salão do empreendedor rural até o próximo domingo (24).

Pesquisadores e responsáveis pelo estudo do solo palestraram na tarde e noite dessa quarta-feira (20) sobre Estratégias e Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta e a técnica do Plantio Direto para a região do Agreste paraibano.

Demilson Lemos, gerente executivo de Irrigação da Sedap e responsável pelo Programa de Zoneamento Pedoclimático, informalmente apelidado de “Zon Paraíba”, falou sobre a realização das palestras e execução dos trabalhos. “Fazer essas palestras aqui na Expofeira é muito importante, pois são temas alinhados ao setor. A interpretação das informações contidas nos levantamentos de solos realizados pela Embrapa vai nos permitir conhecer o potencial pedológico, com base nas exigências específicas para cada cultura. O mesmo pode ser feito para aptidão climática e para a junção destes dois planos de informação, denominando-se potencial pedoclimático de ambientes para culturas agrícolas. Esse estudo está em plena execução e, a partir dele, o estado vai ter um diagnóstico dos cenários climáticos, especialmente relacionados aos índices de chuvas. É importante para auxiliar na decisão, principalmente, por parte dos produtores, do governo do estado e demais instituições diretamente envolvidas”, explicou.

Os pesquisadores da Embrapa André Júlio do Amaral, José Coelho Filho e José Geraldo di Stefano falaram que o principal objetivo é mostrar aos produtores que a integração da lavoura com o solo é perfeitamente viável. “A forma de aplicação exige critérios que precisam ser validados, estudados e adaptados às condições de cada tipo de solo, nós já estamos apresentando resultados no âmbito da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, (ABC), já temos trabalhos nos municípios de Alagoinha, Umbuzeiro, Lagoa Seca e Queimadas, onde a gente vem testando o Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta com um consórcio de braquearas de cumbis, leguminosas arbóreas e algumas plantas com potencial madeireiro visando diversificar a produção nas propriedades rurais, com o critério da sustentabilidade, para atender um dos principais desafios, que é abastecer as demandas da população relacionadas a esses produtos agrícolas, sem comprometer a qualidade dos nossos recursos naturais”, explicou o palestrante e coordenador dos trabalhos André Julio do Amaral.

No estande do “Zon Paraíba” os pesquisadores montaram um simulador de erosão, um sistema que explica a variabilidade do solo molhado, com água da chuva e por meio da irrigação. O estande é aberto ao público que visitar a Expofeira Paraíba Agronegócios.
   
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