Espetáculo do Núcleo de Teatro da Estação Cabo Branco é selecionado em Festival Nordestino

O espetáculo Álbum de Família, idealizado e produzido pelo Núcleo de Teatro da Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes foi selecionado para participar do ‘Primavera do Teatro – Festival Nordestino de Teatro de Guarabira”. A apresentação acontecerá na próxima segunda-feira (25), às 20h, no Teatro Geraldo Alverga. Porém, a abertura do evento será neste final de semana.

‘Álbum de Família’ está concorrendo na categoria espetáculo adulto com peças de João Pessoa, Campina Grande, Monteiro, Guarabira, aqui da Paraíba, além de Aracajú (SE), Caicó (RN), Recife (PE) e Fortaleza (CE). “A indicação foi uma surpresa. Levar um produto da Estação Cabo Branco, representando a cidade de João Pessoa, é muito gratificante”, comentou o diretor do espetáculo, Flávio Melo.

Foram selecionados para o festival 25 grupos, sendo 8 na categoria infantil, 7 na categoria Teatro de Rua e 10 na categoria adulto. A comissão de seleção esteve reunida nos dias 5 e 6 de setembro e foi composta pelo ator e professor Vando Farias (Josivando Silva Farias), pela escritora e atriz Neide Polari (Maria Neide Polari Souto), e pelo dramaturgo e diretor teatral Tarcísio Pereira (Tarcísio de Sousa Pereira).

“Festivais são sempre muito importantes para relevar novos talentos e o retorno deste, em especial, que esteve parado por muitos anos, é de grande importância para a cultura e o teatro paraibano”, comentou Flávio Melo que sempre estudou a obra de Nelson Rodrigues e montou Álbum de Família no ano de 2015.

“O Álbum de Família é a nossa gênese”, comentou Flávio Melo, que contou com um elenco de 11 novos talentos da dramaturgia local, que são: Dayse Borges (Senhorinha), Antônio Marcos (Jonas), Kamila Oliveira (Glorinha), Mylla Maggi (grávida), Elaine Maranhão (Tia Ruth), Luiza Oliveira (Teresa), Hugo Lucena (Edmundo), Tatiana Lima (Eloisa), Bruno Fonseca (Guilherme), Pedro Ivo (Speeker) e Eduardo Almeida (Nônô).

Espetáculo – Álbum de Família retrata a vida de uma família da aristocracia brasileira, sob a ótica do locutor, que aparentemente é normal e feliz, mas cuja intimidade é caracterizada por uma rede paixões incestuosa e com quase todo tipo de situação.

A história principal é interrompida regularmente para que sejam mostradas ocasiões, em diferentes épocas, nas quais membros da família são fotografados para um álbum. Tais cenas são acompanhadas pela voz do locutor, que sempre descreve a virtude e a felicidade daquelas pessoas, contradizendo o que é mostrado ao público ao longo de toda a peça.

Som e figurinos – Em cena pouca estrutura cenográfica, mas um palco nu, onde o ator é o elemento principal. Nele foi criado um quadrado no chão de 5x5 metros e fechado com lonas pretas que também remete a um grande pátio manicomial.

O figurino do espetáculo contou com o apoio da Estação da Moda (Romero Sousa e Antena Pontes), confecção de Lailane Melo e Cristiane Sousa. “Os paletós se parecem com pijamas e camisolas de dormir, que remetem a ideia de camisa de força com cores que variam entre o marrom, preto, bordô”, explicou Flávio Melo. Já os sons são da Banda Sepultura, para que a peça não entre no marasmo ou monotonia.

Flávio Melo – É formado em Educação Artística pela Faculdade Marcelo Tupynambá (SP). Ele dirigiu os espetáculos “Valsa n° 6” (1991), “Ratos de Esgotos” (1992), “Prêt-à-Porter” (1998), “No Amanhecer da Noite” (2003), e em “As Meninas” (2009). Entre as peças que atuou estão: “Cinco Bulas sem Contraindicação” (1993), “Pequenos Burgueses” (1996), “Gol Anulado” (1997), “Fragmentos Troianos” (1999), “Paixão do Menino Deus” (2009), “Os Sete Mares de Antônio” (2010), “Divino Calvário” (2011) e “Fragmentos de um Sol Quente”, baseado no painel No Reinado do Sol de Flávio Tavares (2013).

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