Polícia realiza ‘Operação Tríplice’ e prende nove pessoas suspeitas de homicídios em Campina Grande

Uma ação da delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) de Campina Grande, com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE), Núcleo de Especializado em Repressão a Tentativas de Homicídios (Nertho) e Sistema Penitenciário, resultou na prisão de nove pessoas na quinta-feira (3), todas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável pela prática de crimes contra a vida, tráfico de drogas, armas e patrimônio na cidade de Campina. A Operação Tríplice aconteceu em três Presídios e nos bairros da Ramadinha, Bodocongó e São Januário.  

O trabalho foi realizado com o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes do grupo, envolvidos no triplo homicídio ocorrido no dia 9 de janeiro deste ano, no bairro da Ramadinha, quando foram executados com disparos de arma de fogo os irmãos Marcelo Pereira de Lima, Marcelino Pereira de Lima, e também Sandro Belarmino Figueiredo. O assassinato de Sandro, que fazia parte do grupo criminoso, foi considerado queima de arquivo, já que ele foi reconhecido pelos vizinhos das vítimas quando fugia do local do crime. Durante as abordagens realizadas na Operação, além das prisões por cumprimento de mandado, foi feito um flagrante por tráfico de entorpecentes.

De acordo com a delegada Tatiana Matos, da Homicídios, os crimes foram motivados pela disputa do domínio do tráfico de drogas na região. “A ordem para matar partiu dos presos Leonardo Filho e Carlos Henriques, que estão nas unidades prisionais Silvio Porto, em João Pessoa, e Serrotão, em Campina Grande. Durante investigações que duraram sete meses, contamos com a ajuda do Núcleo de Inteligência da PC. Os levantamentos também mostraram o envolvimento de Flavia de Sousa Calixto, mulher de Leonardo. Ela é a responsável por gerenciar a organização criminosa enquanto o marido está preso”, revelou.

A foto de Flavia de Sousa Calixto foi divulgada durante uma entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (7). Ela é considerada foragida da Justiça. A polícia também apresentou fotos da perícia realizada na caminhoneta usada no dia do crime pelos assassinos. O veículo foi roubado no dia 6 de janeiro  e no dia seguinte ao crime foi abandonada. A carroceria do veículo foi lavada pelos criminosos para apagar os vestígios do homicídio de Sandro, que foi executado na carroceria com dois tiros na cabeça. As imagens do homicídio de Sandro foram gravadas por vários circuitos de câmeras instaladas nas ruas.

A caminhoneta foi entregue ao proprietário que sem saber que poderia estar apagando indícios do crime levou o carro para um lava jato. A polícia solicitou o carro para perícia e, apesar dele ter sido lavado, os peritos do Instituto de Policia Científica da Paraíba conseguiram encontrar pontos de sangue na carroceria, que foram revelados com ajuda de um reagente. Também foi achado material genético que depois de um cruzamento com o da mãe de Sandro foi confirmado que era da vítima. Agora as investigações continuam para prender Flavia e outras pessoas já identificadas como integrantes da organização criminosa.   

“Hoje, a Polícia Civil já elucidou 74% dos casos de crimes contra a vida registrados este ano e realizou 91 prisões de pessoas envolvidas diretamente com homicídios. Isso é fruto do trabalho das equipes policiais e também da população, que tem contribuído com denúncias por meio do 197”, lembrou o delegado Luciano Soares, superintendente da Região de Campina Grande.


Secom
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