Moradores reclamam da invasão de caracóis em suas casas



Moradores do José Américo, em João Pessoa, têm enfrentado um problema típico do período de chuvas: a invasão dos caracóis africanos. O molusco, que é transmissor de doenças como a meningite, se reproduz rapidamente em lugares onde há vegetação alta e lixo, daí a importância da manutenção e limpeza urbana.

Na praça localizada na Rua Antônio Ximenes, moradores dizem tirar por dia dezenas desses parasitas, que sobem nos muros e invadem as residências da região, afirma Nivaldo Batista dos Santos, que mora há mais de 30 anos no bairro. “A gente cobra providências da prefeitura, porque a praça está abandonada. Muito lixo, muito mato e os caracóis só proliferam. As pessoas nem usam mais a praça por causa dessa situação”, disse. Comente no fim da matéria.

Outra moradora da região que cobra providências é Maria das Graças, que relata enfrentar diariamente a invasão dos bichos. “É muito caracol entrando na minha casa. Todo dia eu tenho que jogar sal, tocar fogo, pra vê se eles vão embora. Meu cachorro inclusive já comeu alguns, tenho medo dele ficar doente. Além disso temos crianças e idosos que podem pisar nos caracóis e se machucar”.

O gerente de Vigilância Sanitária do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, Nilton Guedes, revela as condições de proliferação do caramujo africano e explica que sua presença pode gerar diversos problemas à saúde. “É um animal que vive em áreas contaminadas, se alimenta de tudo, desde vegetação até lixo. Ele é portador de diversas bactérias e pode transmitir doenças a quem estiver em contato com ele”, disse.

O sal, muito usado por quem tenta combater a praga, não é indicado, pois pode causar infertilidade no solo. O ideal, segundo o especialista do Centro de Zoonoses, é impedir as condições de reprodução do animal. “É preciso cortar a vegetação e fazer a retirada do lixo, assim você acaba sua alimentação e seu abrigo. A indicação é, quem fizer a coleta, usar luvas ou saco plástico para não ter contato com o animal. Recomendamos que coloquem o caracol em um balde com água e sabão. Depois de morto, devem ser colocados no lixo”, indicou Nilton Guedes.

De acordo com o gerente de Vigilância Sanitária do Centro de Zoonoses, é importante seguir essas indicações para que o animal não possa gerar problemas mesmo depois de morto. “Muita gente mata o bicho e deixa a concha jogada. Aquilo acumula água e pode ser morada do Aedes aegypti. Por isso é necessário fazer o descarte do animal no lixo comum”, disse.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) informou que não é responsável pela limpeza daquela praça, uma vez que ela ainda não é registrada no órgão. A assessoria de imprensa da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur) informou que uma vistoria técnica será realizada na área e posteriormente encaminhada a demanda para a programação da limpeza.

Correio da Paraíba
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