Iphaep promove debate sobre pichação, neste sábado, na Livraria do Luiz

Pichação: arte ou subversão? O tema é polêmico e a ideia dos organizadores é reunir antropólogos, historiadores, arte educadores e grafiteiros. Com esta proposta, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) realiza um novo debate, dentro da programação anual do Núcleo de Antropologia Visual. Aberto ao público, ele será intermediado por dois dos técnicos do Iphaep – o antropólogo Carlos Azevedo e a historiadora Márcia Albuquerque. O encontro está marcado para acontecer às 10h deste sábado (29), na Livraria do Luiz (Galeria Augusto dos Anjos, na Praça 1817, Centro Histórico da capital paraibana). 
O antropólogo Carlos Azevedo defende que os pichadores não são artistas. Ele explica: “Os pichadores são, sim, “filósofos selvagens”, que querem passar uma mensagem ou denunciar o mal-estar social dos grupos periféricos (tribos urbanas) diante da sociedade”. A diretora executiva do Iphaep e arte educadora, Cassandra Figueiredo, diz acreditar que “o "pixo" é uma forma gráfica de expressão que tem sustentação na transgressão e contestação de uma parcela da sociedade, que se encontra de certa forma invisibilizada social e economicamente.  A arte urbana, de forma geral, representa também a expressão cultural da cidade".
Conscientização – Desde o ano passado, o Iphaep tem trabalhado com a educação patrimonial, no sentido de conscientizar a população – particularmente os grafiteiros – de suas responsabilidades para com o Sítio Histórico Urbano de João Pessoa. “Essas incursões em torno da arte urbana propõem o debate de forma ampliada, tratando do tema sem preconceitos, buscando uma alternativa de uso democrático dos espaços públicos e, em particular, que vise conter a ação dos pichadores, que atuam com muita frequência no Centro Histórico de João Pessoa”, revela a gestora do patrimônio histórico estadual.
Ela lembrou, entre outras ações já efetivadas, a realização do encontro realizado no Lyceu Paraibano – que resultou no lançamento da “Carta do Lyceu” –  e o Acordo Cultural (que aconteceu em dezembro passado, com os comerciantes da área do CHJP, no sentido de pintar as fachadas que estavam pichadas). “Também já realizamos um primeiro debate sobre a ação do pixo e do grafite, na área do perímetro do tombamento. Agora, acontece mais este debate, que será realizado neste sábado, dia 29, na Livraria do Luiz”, explica Cassandra Figueiredo.

Secom
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