Polícia realiza Operação Signa e prende suspeitos de praticar golpes em agências bancárias da Paraíba e mais cinco Estados

A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um trabalho realizado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, prendeu na manhã desta terça-feira (20) três pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha interestadual, especializada em clonagens de cartões de crédito e no ‘golpe da troca do cartão’ para realizar saques indevidos nas contas correntes das vítimas. Os mandados de prisões preventivas foram cumpridos em duas cidades da Paraíba e no Estado do Rio Grande do Norte. Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. A Operação Signa contou com a participação de 25 policiais civis de três delegacias da 1ª Superintendência Regional da PC e da Delegacia Seccional de Mamanguape.

O trabalho investigativo começou há dois anos quando uma das vítimas do grupo criminoso, um funcionário público aposentado, procurou a Delegacia para denunciar que foi abordado pelos suspeitos dentro de uma agência bancária que fica na orla de Tambaú, em João Pessoa. A vítima disse que teve o cartão de crédito trocado e só percebeu o golpe no final do dia, quando precisou comprar algo com o cartão. Os suspeitos usaram todo o limite do cartão de crédito do funcionário público aposentado, causando um prejuízo de R$ 30 mil. Eles fizeram várias compras em lojas de departamentos e supermercados da Capital.

De acordo com delegado de Defraudações de João Pessoa, Lucas Sá, a quadrilha gerou um prejuízo financeiro às vitimas de R$ 2 milhões. “Durante as investigações, a Polícia Civil conseguiu registros de golpes aplicados pela quadrilha nos estados do Piauí, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. As abordagens eram feitas a idosos e aposentados sempre antes ou depois do expediente bancário. Sempre bem vestidos eles se passavam por funcionários das agências e ofereciam ajuda e, quando as vítimas aceitavam, eles aproveitavam para trocar os cartões delas por réplicas, logo após roubarem as senhas”, explica o delegado.

Todos os presos na operação já têm antecedentes criminais. Alexsandro de Lima, de 39 anos, preso na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, aparece nas investigações como o líder da associação criminosa. Ele seria responsável por abordar as vítimas e conseguir as senhas dos cartões delas. Alexsandro responde processos pelos crimes de estelionato, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa. Ele também é dono de uma loja que comercializava os produtos adquiridos de forma criminosa. Na casa do suspeito os policiais encontraram cocaína e maconha, um revólver calibre 38, diversos equipamentos eletrônicos sem origem comprovada, cartões de crédito em nome de outras pessoas e três carros.

José Roberto Olinto, de 32 anos, preso na cidade de Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba, é primo de Alexsandro e, de acordo com a polícia, é responsável pela logística do grupo, vende os produtos adquiridos pela quadrilha e também clona os cartões de crédito. José Roberto já foi preso nos Estados do Piauí, Bahia e também no Distrito Federal pelo crime de estelionato. Já Demetryus Dantas Sales Clementino, de 39 anos, preso na cidade de Guarabira, seria a pessoa que aborda as vítimas nas agências bancárias, além disso, ele também atuava na vigilância da quadrilha e como motorista, ajudando na execução das fraudes. Demetryus já foi preso duas vezes pelos crimes de estelionato e receptação. O veículo que estava com ele foi apreendido.

Durante as investigações, a polícia conseguiu um vasto material que comprova a atuação criminosa do trio. Entre as provas estão imagens de circuito de segurança de lojas de departamentos onde os suspeitos aparecem realizando compras e pagando com cartões de crédito. Nas buscas realizadas nas residências e comércios dos investigados, os policiais também encontraram notas fiscais de compras realizadas com cartões das vítimas. Alexandro de Lima, Demetryus Dantas Sales Clementino e José Roberto Olinto foram ouvidos na Delegacia de Defraudações e Falsificações da Capital e depois recolhidos na carceragem da Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel, para aguardar a audiência de custódia.

Secom
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