Marcelo da Silva, de 20 anos, trabalhava como garçom em um bar na praia de Camboinha, na cidade de Cabedelo, onde também morava. Tinha o sonho de ser cozinheiro de navio, viajar o mundo. Para alcançar o objetivo, fazia faculdade à noite, após largar do trabalho. Na noite de segunda-feira (17), no km 3,8 da BR-230, Marcelo morreu após ser atropelado por um carro de luxo que seguia na rodovia em alta velocidade, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O motorista envolvido no acidente prestou depoimento à polícia, pagou fiança e foi liberado.
Testemunhas contam que o rapaz seguia de bicicleta quando decidiu atravessar a rodovia no sentido João Pessoa para Cabedelo e foi atingido pelo carro que seguia na pista emparelhado com outro veículo. Com o impacto, Marcelo da Silva foi arremessado, não resistiu e morreu no local. O carro envolvido no acidente estava sem placas.
A tia de Marcelo, Ana Lúcia do Nascimento, afirmou que pessoas que estavam no local do acidente viram o carro envolvido no acidente fazendo racha na rodovia. “O carro vinha fazendo pega, sem placa, sem nada. Bateu nele e jogou ele lá fora. A gente só pede justiça. O que a gente quer é justiça”, comentou.
O motorista do carro de luxo, o empresário Antônio Gerbase Neto, de 34 anos, foi encaminhado para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra, para prestar depoimento. A delegada Deiby Ismael informou que a princípio o empresário deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nem o empresário nem o advogado dele quiseram falar sobre o caso com a TV Cabo Branco.
Em depoimento, o motorista afirmou que o jovem ficou paralisado no momento em que viu o carro e o impacto foi inevitável por conta do trânsito. “Ele falou que estava se dirigindo à residência da mãe, em Camboinha, quando de repente ele viu que a vítima estava puxando a bicicleta. Quando viu o carro, a vítima ficou paralisada, sem ação e ele ficou sem ter como evitar o acidente devido ao trânsito. Então foi inevitável a colisão”, comentou Deiby Ismael.
Na delegacia, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro, embora segundo a delegada, o empresário não apresentasse sinais de embriaguez. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), rejeitar ser submetido ao teste é considerado uma infração de trânsito. O empresário deve ser multado, ter a carteira de habilitação apreendida e pode ter o direito de dirigir suspenso. O fato do empresário estar dirigindo um veículo sem licenciamento, é considerado um ato infracional gravíssimo.
Antônio Gerbasi Neto foi autuado em flagrante e liberado após pagamento de fiança. A delegada informou que não vai divulgar o valor da fiança. A investigação continua, ele vai continuar respondendo em liberdade. O inquérito será encaminhado para a 7ª Delegacia Distrital de Cabedelo, para o delegado Isaías Olegário. O carro de luxo envolvido no acidente vai ficar apreendido na Central de Polícia, em João Pessoa.
Fonte:G1
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