Um aplicativo que monitora obras públicas paradas foi eleito como o mais criativo na segunda edição do HackFest Contra a Corrupção, que teve início da sexta-feira (7) e acabou no domingo (9) em João Pessoa. O evento realizado na UFPB contou com a participação de 60 estudantes dos cursos de ciências da computação e áreas afins.
No caso da ferramenta vencedora do festival, “Por que parou?”, cruza os dados das obras públicas em andamento com base em informações federais, estaduais e municipais. Com a ferramenta é possível observar os valores das licitações, o que está sendo feito, comparar valores cobrados com os de mercado e, com isso, mostrar o que parou ou que está lento.
Durante o evento, eles contaram com suporte de integrantes da CGU e do Ministério Público. Entre as ferramentas, algumas adquiriram características de game, com pontuação para os usuários que colaborarem, por exemplo, com a fiscalização da qualidade da merenda escolar.
Os organizadores do ‘Hackfest Contra a Corrupção’ convidaram os noves vereadores eleitos pela primeira vez para a Câmara Municipal de João Pessoa para comparecerem ao encerramento do evento. O objetivo era de conseguir dos novos vereadores o compromisso de fazer um mandato com transparência. Inclusive, a transparência das ações no Legislativo municipal. Dos nove vereadores, três compareceram e dois assumiram compromisso por escrito ou por meio de vídeo.
Foram convidados Bispo José Luiz (PRB), Damásio Franca Neto (PP), Humberto Pontes (PTdoB), Leo Bezerra (PSB), Marcos Henriques (PT), Milanez Neto (PTB), Tanilson Soares (PSB), Thiago Lucena (PMN) e Tibério Limeira (PSB). Compareceram Milanez Neto, Humberto Pontes e Marcos Henriques. Thiago Lucena e Tibério Limeira mandaram comunicado, assumindo o compromisso em favor da transparência.
O evento foi promovido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do seu Núcleo de Gestão do Conhecimento, em parceria com o Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba e o Laboratório de Transparência Pública (LabTransp) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB, a Controladoria Geral da União (CGU), a Rede Paraíba de Comunicação, a Controladoria Geral do Município de João Pessoa e com o apoio da Associação Paraibana do Ministério Público (APMP).
Confira a lista com as equipes e suas propostas
Por que parou?
Estão recolhendo dados referentes a obras públicas – federais, estaduais e municipais – em andamento no estado da Paraíba, observando os valores das licitações, o que está sendo feito, comparando os valores existentes no mercado, mostrando o que parou ou que está lento;
MasterChef
Game em que os estudantes das redes públicas de ensino do estado e dos municípios poderão diariamente fotografar o cardápio da merenda apresentado pela escola e depois fotografar o prato da merenda no momento de consumi-la. A proposta é fazer a comparação e constatar ou não se o que os alunos estão comendo é o mesmo que a escola diz oferecer;
Obra na palma da mão
Esta equipe surgiu com a proposta de fazer um levantamento dos valores gastos em obras públicas nas áreas da saúde e da infraestrutura, comparando se esses valores estão de acordo com o mercado;
Tá estourado!
Estão colhendo dados acerca do patrimônio pessoal dos gestores públicos (governador, prefeitos, vereadores, deputados, senadores etc.) antes e depois de assumirem o poder, informando à população para que acompanhe e faça uma comparação, observando a evolução ou não desse patrimônio;
Laranjal
Identificar nas licitações públicas dos municípios paraibanos, de qualquer natureza, as empresas participantes e seus proprietários, permitindo, com o cruzamento de dados, identificar os indícios de uso de empresas ou pessoas como laranjas, com o objetivo de fraudar ou superfaturar essas licitações;
Plantão médico
Colher dados acerca dos valores pagos e recebidos pelos médicos que realizam atendimento e plantões nos municípios e no governo do estado, se estão sendo cumpridos e se os valores estão dentro da realidade;
Na veia!
Observar as empresas que mais vencem licitações públicas, de qualquer natureza, nos 223 municípios paraibanos, identificando as suas contratações pelos gestores assim que assumem os cargos públicos;
“Entucado”
Verificar em toda a rede pública de ensino do estado e dos municípios da Paraíba o que os diretores de escolas anunciam que foi adquirido e o que realmente existe em sua unidade educacional, como computadores, material esportivo, móveis etc. Ou seja: a escola tem o que foi anunciado ou gasto para ter?
Fonte:Portal Correio
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