'Veículo é arma', diz sobrevivente de acidente que matou três na BR-230

O único sobrevivente do acidente que gerou a morte de três pessoas na BR-230 no dia 21 de maio, fez nesta quarta-feira (6) um apelo a todos os motoristas e revelou revolta diante do que aconteceu. “Não ingiram bebidas no momento em que estiverem conduzindo um veículo porque o veículo é uma arma para fazer desastre em qualquer família”, alertou Jovelino Ferreira da Costa, de 38 anos.
O pedido de Jovelino faz referência ao resultado da perícia, divulgada na terça-feira (5), o acidente foi provocado por excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica pelo motorista Thiago Nogueira, de 35 anos, um dos ocupantes do Corolla. Meiryelli Egito, namorada de Thiago, também estava no carro e morreu no local. Segundo a delegada Roberta Neiva, responsável pelo caso, foram descartadas todas as teses de que o veículo fugia de um assalto ou participava de um ‘racha’. “O trabalho foi bastante árduo”, mas a “instrução do inquérito harmoniza perfeitamente com a perícia”, ressaltou.

Quarenta e cinco dias após o acidente, Jovelino pensa na recuperação e quer voltar à rotina normal o quanto antes. “Quero recuperar minha saúde e seguir as minhas atividades normais. É muito bom depender de si mesmo e não dos outros”, disse. Ele estava com o sobrinho José Ferreira, de 36 anos, no veículo que foi atingido pelo Corolla prata. No entanto, José Ferreira não resistiu e morreu quatro dias após o acidente.
Devido à lesão cervical, uma torção no pescoço e outros ferimentos, Jovelino necessita de cuidados diários da família e segue sob observação em casa. “Estava acostumado a trabalhar, levantar 5h e ir ao trabalho. Eu não queria passar essa dificuldade para ninguém, é muito ruim”, lamenta.
Durante as investigações, a delegada já tinha identificado que Thiago já acumulava 21 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ficou constatado que os pontos acumulados foram motivados por três infrações diferentes. “Os artigos que aparecem nos documentos do Detran se referem a embriaguez no volante, ao transporte de criança sem a segurança necessária e ultrapassagem em local proibido”, disse.
No dia 23 de maio, Jovelino já tinha contado em entrevista à TV Cabo Branco como foi o acidente. "Eu disse 'Dé, pisa no freio rápido porque nós vamos colidir com esse carro, que esse carro tá vindo em direção à gente. Mas foi tão rápido, foi coisa de segundos. Quando dei fé, a gente já tava tudo dentro das ferragens", lembrou. Jovelino fraturou a coluna, torceu o pescoço e teve vários ferimentos pelo corpo. Ele também contou que ele e o sobrinho iam para casa, depois do trabalho, quando aconteceu o acidente.

Fonte:G1
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