Projeto de casa flutuante leva alunos de PE para competição na China

As recentes chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR) provocaram a perda de vidas, casas, móveis e lembranças de muitos moradores, mas despertaram uma ideia promissora em um grupo de estudantes de Arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).  Tocados pelos transtornos causados pelos alagamentos, os estudantes desenvolveram um projeto para criar casas flutuantes no Rio Capibaribe e foram selecionados para a competição “Tsinghua-Santander Word Challenges of 21st Century Competition”, na China.

Denominado “Floating House” (casa flutuante, em inglês), o projeto, desenvolvido por Ainara Menezes, Lalleska Araújo, Willian Santos e Nicolau Firmo visa construir casas capazes de flutuar e de se adaptar às condições ambientais do Rio Capibaribe, até mesmo nos períodos de chuvas torrenciais.
“Nossa ideia é retirar as pessoas que vivem nas margens do rio, em comunidades marginalizadas, mas sem destruir a ligação que elas têm com o lugar em que vivem”, explica a estudante Lalleska Araújo.
O evento será realizado entre os dias 14 e 27 de agosto, em Pequim, e vai reunir projetos de estudantes de graduação e pós graduação de vários países do mundo que tenham o objetivo de apresentar soluções para os problemas enfrentados em diversas cidades do globo.
“Demos uma olhada nos outros projetos e o nosso é o único relacionado à questão urbana, porque propomos uma solução para as moradias. Os outros estão ligados a questões ambientais”, explica a estudante Aniara Menezes, uma das desenvolvedoras da ação.


Dividido em três etapas, o projeto busca, primeiramente, retirar e tratar o lixo das margens do Capibaribe para, em seguida, iniciar a construção propriamente dita das casas – usando, inclusive, materiais reutilizáveis encontrados na primeira fase.
Por último, a ideia é realizar workshops para os moradores das casas, buscando conscientizá-los sobre as vantagens do uso de materiais recicláveis nas construções. “Nossa ideia é fazer com que a comunidade seja autossuficiente e mantida pelos próprios moradores”, explica Lalleska.

De acordo com a estudante, o projeto prevê que o abastecimento de água e energia das casas seja feito com auxílio de postos próximos da Prefeitura do Recife. “A ideia é que existam tubulações flexíveis de água e saneamento que sejam abastecidas por estações próximas”, esclarece a estudante.

Ao todo, nove equipes do mundo inteiro participam da competição. Mesmo se o projeto pernambucano não seja o vencedor, os alunos criadores pensam em seguir adiante com a ideia. “Tivemos apoio dos nossos professores e estamos correndo atrás da reitoria e da Prefeitura do Recife para termos mais apoio”, comenta Ainara.


Fonte G1
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