Animais correm risco de morte por falta de manutenção em árvores

A população de Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba, alertou para a segurança de um grupo de bichos preguiças que vive em algumas árvores da Praça João Pessoa, no Centro do município. De acordo com moradores, as árvores estão com fungos e sem podas e, por isso, os 22 bichos preguiças que as têm como habitat estão correndo risco de morte por se locomoverem com facilidade pelos galhos em direção aos fios de alta tensão.
Uma das preguiças caiu de um poste recentemente. Entre os problemas apresentados pelos moradores, os galhos crescidos permitem que as preguiças se deslocarem e alcançarem os fios de energias. Nesse último caso, a preguiça foi eletrocutada e caiu do poste.
A Energisa fez uma vistoria no local e os técnicos confirmaram os problemas verificados pela população. Além disso, disseram que é necessária a poda, mas que o serviço precisa de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“A preguiça foi eletrocutada e foi submetida à eutanásia, pois os membros superiores do animal foram carbonizados, estava com garras expostas e com queimadura na barriga, então não tinha condições de sobreviver”, disse uma moradora do bairro, Tamara Brito.
Segundo os moradores do entorno da praça, não é de hoje que as preguiças habitam o lugar e quase nada foi feito pra melhorar o ambiente para esses animais. “Muitas vezes as preguiças entram lá em casa, aí chamo alguém que tenha coragem de pegar para levar de volta para onde ela estava”, revelou a moradora Maria de Fátima.
De acordo com o ecólogo Arieno Azevedo, as árvores deveriam ser podadas, já que há pelo menos três anos não há manutenção. “Com o crescimento dos galhos, as preguiças acabam se deslocando para os fios de alta tensão”, alertou.
O secretário de infraestrutura de Rio Tinto, Fábio Marques, explicou que as figueiras da Praça João Pessoa são tombadas pelo patrimônio histórico da cidade. “Todas as vezes que a prefeitura for solicitada para realização das podas, pedimos a permissão do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade para propiciar essa poda, inclusive, com orientação presencial de alguém do instituto”, frisou.
A moradora Tamara Brito diz que tem visto cenas de animais eletrocutados com frequência. “Se alguém tentar socorrer também pode ser eletrocutado. Eu espero que aconteça uma poda de segurança urgente para que os animais parem de ir para a fiação e que haja também uma limpeza dessas árvores para controlar os fungos e os galhos podres que podem cair e machucar o ser humano e o bicho preguiça”, confessou a moradora.
O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade informou que vai fazer um levantamento para saber se é mais propício revitalizar a área onde estão as preguiças ou transferir as preguiças para o habitat natural. A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que a poda das árvores precisa passar pela sua autorização. Além disso, ressaltou que a retirada dos animais só pode acontecer por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental.
Já foi solicitado a melhoria na rede elétrica e, de acordo com a Energisa, o problema está sendo resolvido. Vai ser instalados fios mais reforçados para a segurança da rede. Na manhã desta quinta-feira (28), equipes da Sudema e do Batalhão estiveram na Praça João Pessoa para fazer uma avaliação das condições em que os animais estão vivendo. Será feito um relatório para que seja estabelecido prazos para resolução da situação. No entanto, o relatório só deve ficar pronto em um mês.

Fonte:G1
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