Marco Archer Cardoso Moreira: O VERDADEIRO FUZILAMENTO É NOSSO

Na Indonésia os condenados a morte tem como pena o fuzilamento. Neste sábado (17), às 15h30h, foi fuzilado o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, que estava detido por tráfico de drogas. Apesar da Presidente Dilma Rousseff ter pedido clemência, a morte anunciada de Marcos Acher ocorreu, deixando bastante claro o posicionamento das leis de um país.

Ainda que o fato seja impactante, não podemos deixar de mencionar como a cultura, as leis de um povo podem influenciar positiva ou negativamente o cotidiano de uma outra. No Brasil, apesar de não haver pena de morte, somos condenados diariamente ao medo, à inércia, a insegurança e principalmente ao conformismo a tudo o que nos é ofertado. 

É a partir disso, que reflito sobre como as nossas leis trabalham. Será que se houvesse pena de morte no Brasil aceitaríamos um pedido de clemência de uma outra nação?  Quais seriam os verdadeiros protagonistas desta condenação? 

O caso de Marcos Acher, sem dúvidas, choca não apenas por ser uma morte tão brutal, com data e horário marcados, mas por trazer enquanto reflexão as regras de um país no qual já esteve em “nossa pele”. O governo da Indonésia já esteve disposto indenizar a família vítima da violência de Satinah binti Jumadi Ahmad, 40 anos, que foi condenada por assassinar sua patroa. 

Em vídeo divulgado recentemente, Marcos Acher pede clemência e deixa como aviso algo tantas vezes repetido, por nossos pais, em nossa educação e principalmente vida. Para as drogas só existem dois caminhos: a prisão ou morte, no caso de Marcos, os dois.




*Amanda Cristina Souza é estudante de Serviço Social da UFPB, Poetisa nas horas vagas e escreve para o www.agorapb.com.br aos domingos.


Compartilha via Whatsapp

Sobre Chico Lobo

O AGORAPB O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS
    Comentário via Blogger
    Comentário via facebook